Guardiões da História - 2º Ano - E.M.
sábado, 12 de março de 2011
UNIÃO IBÉRICA E AS INVASÕES HOLANDESAS
CICLO DO AÇÚCAR
O ciclo da cana-de-açúcar foi a primeira atividade economicamente organizada do Brasil. Por mais de dois séculos o açúcar foi o principal produto brasileiro, convivendo, contribuindo e, às vezes, resistindo às mudanças sócio-politico-culturais deste período. As dificuldades de sua implantação eram muitas; a falta de dinheiro para montar a moenda, comprar escravos, refinar o açúcar e, sobretudo transportá-lo nos mercados consumidores da Europa.
A cultura da cana de açúcar propiciava aos donatários de terras da ocupação das mesmas pois povoados se formavam em torno dos engenhos. O primeiro engenho foi instalado por Martins Afonso de Souza, em 1532.
Os holandeses surgem, então, como financiadores, transportadores e negociadores do nosso açúcar no mercado consumidor europeu. Podemos dizer que foram os holandeses o maiores beneficiados de forma lucrativa com o nosso açúcar.
Os centros urbanos que se desenvolveram em áreas especializadas na cultura da cana e no fabrico do açúcar foram, no Brasil, os pontos que se tornaram os mais desenvolvidos em valores da nossa cultura moral, intelectual, religiosa, científica e artística.
Com o êxito do açúcar no comércio, o governo português incentivou a expansão das fábricas em sua colônia americana. Com isso Portugal estava, com estímulos oficiais, desenvolvendo a economia brasileira. Lavoura extensiva de cana-de-açúcar surgiu para alimentar os engenhos. Estes por sua vez eram instalados à beira-mar ou nas proximidades dos rios por necessidade não só de seu funcionamento como também pela questão de transporte do produto. Ao lado do canavial, nascia à agricultura de subsistência, para atender a crescente necessidade de alimentos para a casa grande, a senzala e a pequena parcela de assalariados livres. A propriedade rural, verdadeiro feudo, era, então, assim formada:
A casa-grande onde vivia o senhor com sua família, exercendo grande autoridade sobre todos. Era um verdadeiro patriarca.
A senzala era uma grande construção onde os negros escravos viviam miseravelmente, tratados como animais e sujeitos a toda a sorte de violência e castigos.
A capela onde se realizavam as cerimônias religiosas. Além, de centro religioso, a capela era um centro social, pois nela se reuniam todos os homens livres do engenho e das proximidades.
E a moenda, onde a cana-de-açúcar era moída. O caldo corria da moenda para os tachos por meio de calhas. Dos tachos, o caldo era retirado em vasilhas de cobre e levado para a caldeira, onde era fervido e mexido pelos escravos, que tiravam as impurezas e a espuma.
O começo da colonização se deu em pequenas comunidades que teve importante papel na especialização de mão-de-obra dos escravos. Logo depois veio a mão-de-obra dos escravos africanos, que chegou para a expansão da empresa, quando os lucros já se encontravam assegurados. Era um sistema de produção rentável e capitalizado.
Com o fim da presença Holandesa no Brasil, o açúcar começa entrar em decadência, pois, os holandeses, enquanto estiveram no Brasil, adquiriram todo o conhecimento de técnicas e organizações da indústria açucareira, pois, era isso o que eles precisavam para implantarem uma nova base industrial (as Antilhas). A partir desse momento, estaria perdido o monopólio e alterado os dois grupos representativos da época, os portugueses produtores e os holandeses financiadores.
Capitanias Hereditárias e Governo Geral
Estes territórios seriam transmitidos de forma hereditária, ou seja, passariam de pai para filho. Fato que explica o nome deste sistema administrativo.
As dificuldades de administração das capitanias eram inúmeras. A distância de Portugal, os ataques indígenas, a falta de recursos e a extensão territorial dificultaram muito a implantação do sistema. Com exceção das capitanias de Pernambuco e São Vicente, todas acabaram fracassando.
Embora tenha vigorado por pouco tempo, o sistema das Capitanias Hereditárias deixou marcas profundas na divisão de terra do Brasil. A distribuição desigual das terras gerou posteriormente os latifúndios, causando uma desigualdade no campo. Atualmente, muitos não possuem terras, enquanto poucos possuem grandes propriedades rurais.
Principais Documentos: A CARTA DE DOAÇÃO era um documento onde a Coroa Portuguesa pelo qual esta fazia a concessão de uma capitania e dos seus direitos sobre ela, a um capitão donatário. A Coroa tinha particular interesse nos forais porque estes funcionavam como fontes. Podemos perceber o interesse das capitanias pela CARTA FORAL. Esse documento estabelecia os limites geográficos da capitania e proibia o comércio das suas terras, aceitando a transferência territorial apenas por hereditariedade(que passa do pai para o seu filho); regulamentava os limites das capitanias; dava jurisdição civil e criminal sobre a área da capitania.
Colonização da América Espanhola
As regiões exploradas foram divididas em quatro grandes vice-reinados: Rio da Prata, Peru, Nova Granada e Nova Espanha. Além dessas grandes regiões, havia outras quatro capitanias: Chile, Cuba, Guatemala e Venezuela. Dentro de cada uma delas, havia um corpo administrativo comandado por um vice-rei e um capitão-geral designados pela Coroa. No topo da administração colonial havia um órgão dedicado somente às questões coloniais: o Conselho Real e Supremo das Índias.
Todos os colonos que transitavam entre a colônia e a metrópole deviam prestar contas à Casa de Contratação, que recolhia os impostos sob toda riqueza produzida. Além disso, o sistema de porto único também garantia maior controle sobre as embarcações que saiam e chegavam à Espanha e nas Américas. Os únicos portos comerciais encontravam-se em Veracruz (México), Porto Belo (Panamá) e Cartagena (Colômbia). Todas as embarcações que saíam dessas regiões colônias só podiam desembarcar no porto de Cádiz, na região da Andaluzia.
Responsáveis pelo cumprimento dos interesses da Espanha no ambiente colonial, os chapetones eram todos os espanhóis que compunham a elite colonial. Logo em seguida, estavam os criollos. Eles eram os filhos de espanhóis nascidos na América e dedicavam-se a grande agricultura e o comércio colonial. Sua esfera de poder político era limitada à atuação junto às câmaras municipais, mais conhecidas como cabildos.
Na base da sociedade colonial espanhola, estavam os mestiços, índios e escravos. Os primeiros realizavam atividades auxiliares na exploração colonial e, dependendo de sua condição social, exerciam as mesmas tarefas que índios e escravos. Os escravos africanos eram minoria, concentrando-se nas regiões centro-americanas. A população indígena foi responsável por grande parte da mão de obra empregada nas colônias espanholas. Muito se diverge sobre a relação de trabalho estabelecida entre os colonizadores e os índios.
Para burlar a proibição eclesiástica a respeito da escravização do índio, os espanhóis adotavam a mita e a encomienda. A mita consistia em um trabalho compulsório onde parcelas das populações indígenas eram utilizadas para uma temporada de serviços prestados. Já a encomienda funcionava como uma “troca” onde os índios recebiam em catequese e alimentos por sua mão-de-obra.
A Colonização do Brasil
Devido a hostilidade indigena, Portugal só iniciou a colonizção do Brasil por volta de 1530. Quando Dom João III, rei de Portugal da época, enviou Martim Afonso de Souza ao Brasil para explorar seu território em busca de minerais e ainda fazer demarcações estratégicas no território de modo que beneficiasse a extração dos minerais. Com total autonomia dada pelo rei, Martim Afonso designava autoridades e distribuía terras para aqueles que se comprometiam a realizar a missão determinada pelo rei. Quase todo o litoral foi explorado por Martim Afonso e suas expedições.
No litoral paulista foram firmados os primeiros povoados do país, onde as primeiras plantações de cana-de-açúcar foram formadas, além dos primeiros engenhos.
Plano Anual
1. Absolutismo e Mercantilismo
2. A América, um novo continente
3. Colonização da América espanhola e portuguesa
4. A união Ibérica e as Invasões Holandesas
5. O açúcar e a escravidão
6. O ouro no Brasi
7. A Expansão territorial do Brasil
8. A Revolução Industrial
9. Crise no antigo regime e o Iluminismo
10. Independência Americana
11. Revolução francesa
12. Era Napoleônica
13. Revoluções na América
14. Corte Portuguesa no Brasil
15. Independência do Brasil
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Nosso Livro
O conteúdo do livro está organizado em 13 unidades de trabalho: Pré-História; Primeiras sociedades; O nascimento do mundo ocidental; A época medieval; Idade Moderna; Colonização da América; Tempo de revoluções; A era industrial; O mundo em conflito; Crise e Guerra Mundial; O período da Guerra Fria; Mudanças no final do século XX; O século XXI em construção.
As unidades são subdivididas em capítulos (73, no total). Na abertura de cada uma delas é proposta uma atividade de Leitura de imagem, cumprindo diferentes funções: levantar o repertório dos alunos em relação aos objetos de estudo da unidade; estimular a formulação de hipóteses; incentivar a manifestação de opinião e a discussão; motivar a classe para o desenvolvimento do trabalho.
O autor José Geraldo Vinci de Moraes é doutor Fonte: http://www.editorasaraiva.com.br